Até 1952, vapores navegavam pelo Rio Doce, desde Linhares até Colatina. Naquele ano, o último deles a fazer esse trajeto encalhou, definitiva e irreversivelmente, nas areias do rio.
Em 1978, o Consórcio Themag-Montreal entregava à Empresa de Portos do Brasil S. A. (Portobrás) um “Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica do seu Aproveitamento para Navegação e Produção de Energia Elétrica”. O Governo Federal queria propostas definitivas sobre:
1) Se o Rio Doce poderia ser canalizado para produzir energia e permitir franca navegação.
2) Se haveria mercado para a energia produzida e para a nova via de transportes.
3) Sobre o montante dos investimentos e sobre o tempo de maturação.
4) Sobre os benefícios diretos e indiretos do empreendimento.
O estudo concluía pela viabilidade técnica, com a construção de dez barragens, treze eclusas duplas, um canal de ligação ao mar, e relocação de 183 quilômetros das linhas férreas da E.F.V.M. Concluía também ser o empreendimento economicamente viável.
Pelo estudo, o canal navegável iria de um porto fluviomarítimo a ser construído no litoral do Espírito Santo, próximo a Linhares e à foz do Rio Doce, até um porto fluvial – o Porto de Ipatinga -, próximo a essa cidade e a Coronel Fabriciano.
O percurso seria de 382 quilômetros de Ipatinga a Nova Regência (Distrito de Linhares), e o desnível do rio nesse percurso é de 220 metros.
O sonho do Rio Doce navegável não se tornou realidade.
Fonte: Livro Rio Doce 500 anos
Rua Prudente de Morais, 1023 | Centro | Governador Valadares | Email: cbhbaciadoriodoce@gmail.com