Os comitês que compõem a Bacia Hidrográfica do Rio Doce priorizaram, no Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce (PIRH Doce), o Programa de Convivência com as Cheias (P31), que prevê a realização de atividades de monitoramento, através de dados hidrométricos das estações fluviométricas e pluviométricas, registros da Defesa Civil e acompanhamento da ocupação de áreas de risco por imagens de satélite.

Foram adquiridas imagens digitais de satélite com alta resolução espacial que possibilitam monitorar terrenos e curvas de nível de áreas urbanas de 25 municípios da Bacia do Rio Doce – Porto Firme, Piranga, Guaraciaba, Ponte Nova, Rio Piracicaba, Nova Era, Antônio Dias, Ipatinga, Timóteo, Coronel Fabriciano, Distrito de Cachoeira Escura (Belo Oriente), Caratinga, Santa Bárbara do Leste, Ubaporanga, Inhapim, Dom Cavati, Tumiritinga, Conselheiro Pena, Governador Valadares, Galileia, Resplendor, Aimorés, Baixo Guandu, Colatina e Linhares. O programa tem foco no alerta contra inundações e redução de perdas humanas e econômicas devido às cheias. Ele antecipa e acompanha eventos extremos, contribui para a manutenção e ampliação do atual sistema de alerta, promove estudos de viabilidade de intervenções estruturais e não estruturais que auxiliem na prevenção e redução dos efeitos das cheias e ações de apoio à Defesa Civil na mitigação e enfrentamento do fenômeno. O Comitê da Bacia do Rio Doce investiu mais de R$ 500 mil em recursos oriundos da cobrança pelo uso da água no P31.

O programa é ancorado em dois eixos: o primeiro engloba ações destinadas ao aprimoramento do atual sistema de alerta, incluindo todas as iniciativas que possam auxiliar na previsão e antecipação dos eventos críticos, tais como implantação de novos pontos de monitoramento e instalação de radares e delimitação das cotas de enchentes. O segundo eixo inclui medidas que visam ao aumento da infiltração em áreas urbanas; desassoreamento de cursos d’água; desocupação e proibição de ocupação de áreas inundáveis; recomposição da cobertura vegetal e controle da erosão, além de ações de educação ambiental. Também serão analisadas as opções e a viabilidade de intervenções estruturais para o controle de cheias, tais como barragens e diques de proteção.

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