Programa 8- Segurança hídrica e eventos críticos
Objetivo: Prevenir e reduzir os impactos das perdas de vidas humanas e perdas materiais causados por eventos críticos / extremos.
Subprograma 8.1- Convivência com as estiagens
Justificativa: Conforme pode ser verificado nas análises diagnósticas realizadas no contexto da revisão e atualização do PIRH Doce, parte importante da bacia apresenta índice de comprometimento hídrico elevado, com demandas pelo uso da água inclusive superiores à disponibilidade hídrica existente.
Além disso, observa-se que nos últimos anos, de forma mais notável no período entre 2014 e 2018, foram verificadas crises hídricas importantes voltadas a estiagens extremas, com uma piora na condição de segurança hídrica para o atendimento aos usos da água na bacia. Nesses períodos de estiagem extrema, vários usos da água não puderam ser atendidos de forma adequada, com racionamentos e problemas de perdas de safras do setor agrícola, por exemplo. O mesmo vale para o abastecimento público, em que os problemas relacionados às estiagens extremas levaram a racionamentos ou dificuldade de atendimento às demandas de algumas cidades da bacia.
Dessa forma, os principais problemas relacionados às estiagens são verificados em relação aos setores agrícola e de abastecimento de água.
Assim, há a necessidade de evoluir em estudos visando incrementar o preparo e planejamento da bacia para quando da ocorrência de tais eventos, bem como ações para a minimização dos efeitos dessas estiagens extremas, quando ocorrerem. Destaca-se como informação útil para esses processos, a Sala de Situação e o Monitor de Secas que podem dar subsídios relevantes ao acompanhamento da condição de estiagens ocorridas na bacia.
Observação:Este subprograma integra o antigo Programa 21 de Incremento de Disponibilidade Hídrica (2010), que está disponível no site do CBH-Doce.
Subprograma 8.2- Convivência com as cheias
Justificativa: A partir das análises diagnósticas realizadas no contexto do PIRH Doce (ver item 5.1.7 do Capítulo 5), verifica-se que a bacia hidrográfica do rio Doce vem sofrendo bastante nos últimos anos com efeitos advindos de cheias extremas, devido a chuvas intensas ocorridas principalmente nas suas porções mais altas. Esses problemas já foram identificados, inclusive, no PIRH Doce 2010, que também apresentou ações voltadas a esse tema, com o Programa P31.
Da mesma forma o CPRM – Serviço Geológico do Brasil também já vem atuando quanto a esse tema na bacia, com o SACE – Sistema de Alerta de Eventos Críticos para a bacia do rio Doce. Assim, tal tema se mostra de grande relevância para a bacia, com necessidade de atuação conjunta entre diversas entidades que executam ações de monitoramento, bem como outras que atuam na mitigação dos efeitos, notadamente a Defesa Civil.
Destaca-se que já há um termo de referência em licitação pela AGEDOCE para a execução de estudos para modelagem hidrológica e hidrodinâmica de cheias na bacia, o que deverá ser considerado no contexto das ações previstas para execução. Como diretriz para o estudo, considera-se a necessidade de avaliar e identificar as ações necessárias dentre as previstas no programa P31 do PIRH Doce 2010, considerando, inclusive, as previsões de mudanças climáticas. O estudo em questão deve apresentar, ainda, necessidades de manutenção e ampliação do sistema de alerta a inundações na bacia do rio Doce.
A ANA também possui a Sala de Situação que monitora e acompanha as cheias extremas ocorridas na bacia e que é importante ser mantida e apresentar evolução.
Observação: Este subprograma integra o antigo Programa 31 de convivência com as cheias (2010), que está disponível no site do CBH-Doce.
Subprograma 8.3- Gerenciamento de riscos na bacia
Justificativa: A partir das análises diagnósticas realizadas no contexto da presente revisão e atualização do PIRH Doce, verifica-se que a bacia vem sofrendo bastante nos últimos anos com efeitos advindos de diversas tipologias de eventos críticos ou impactos de acidentes relacionados a empreendimentos existentes na bacia, como o rompimento de barragens, rompimento de dutos como minerodutos, vazamentos de produtos químicos etc.
Esses problemas levam a riscos importantes de desabastecimento para os usuários da bacia com racionamentos ou outros problemas relevantes relacionados, inclusive, ao desenvolvimento econômico da bacia. Assim, é fundamental desenvolver um plano de gerenciamento de riscos para a bacia e implementar suas ações, de forma a minimizar problemas futuros que possam ocorrer.
No contexto do desenvolvimento de estudos para o gerenciamento de riscos, é importante considerar o conceito de que risco = probabilidade x impacto, com um desenvolvimento de matriz para tal análise na bacia. Para as análises, devem ser buscadas informações referentes a ferramentas já existentes de acompanhamento, como o Monitor de Secas, bem como monitoramentos realizados pelo CEMADEN e INPE.
A temática de mudanças climáticas é fundamental de ser considerada, uma vez que pode ampliar probabilidade de ocorrência de eventos ou seus impactos para a bacia, o que leva a alteração no grau de risco considerado na matriz.
Nesse sentido, é fundamental pensar no desenvolvimento de um plano de gerenciamento de riscos, focado em estiagens e cheias extremas, mas de forma a atender também outras tipologias de eventos identificadas com relevante impacto para a bacia (rompimento de barragens, dutos, acidentes rodoferroviários, vazamento de produtos químicos etc).
Segue Abaixo os Mapas de Inundação da Bacia Hidrográfica do Rio Doce:
Mapa_Inundação_Aimores_BaixoGuandu_A2
Mapa_Inundação_CaratingaSede_A2
Mapa_Inundação_ConselheiroPena_A2
Mapa_Inundação_Governador_Valadares_A2
Mapa_Inundação_RioPiracicaba_A2
Mapa_Inundacao_StaBarbaraLeste_A2
Mapa_Inundação_StaRitaMinas_A2
Mapa_Inundação_Timoteo_CelFabriciano_Ipatinga_Caratinga_A2
Mapa_Inundação_Tumiritinga_Galileia_A2
Mapa_Inundação_Ubaporanga_Inhapim_A2
Acompanhe a apresentação completa do Sistema de Alerta de Cheias e Eventos Críticos da Bacia do Rio Doce
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