OPINIÃO: Veja o depoimento de nossos conselheiros sobre o XIX ENCOB

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IMG_9625Renaldo Lino (Tim Krenak) – conselheiro do CBH-Doce

A experiência está sendo muito boa. Só lamento a forma de organização que escolheu um lugar muito inacessível para as pessoas. Como o ENCOB é um espaço popular, o acesso está sendo bem difícil. O espaço é muito bom, mas a localização ficou na contramão. A experiência aqui é muito boa, aprendemos muito com as pessoas que estão aqui. Temos projetos bacanas, que apresentam novas experiências, demonstram soluções alternativas. Então,as discussões são ricas e proveitosas.

IMG_9514Carlos Eduardo Silva – presidente do CBH-Piranga 

A expectativa da coordenação nacional dos fóruns é a integração, essa troca de experiências que tanto a gente do Doce traz, assim como as pessoas dos outros comitês do Brasil. Nós do CBH-Doce temos uma rica experiência para compartilhar. O que aconteceu no Rio Doce, em novembro de 2015, serve como exemplo, não só para Minas, mas para o Brasil e o mundo, de o que não pode acontecer. É preciso que os órgãos ambientais responsáveis pelas diversas barragens que existem no país tomem providencias para que isso não aconteça.

Bianca Carolina – conselheira do CBH-Piranga

É a minha primeira experiência no ENCOB. Além disso, estou recentemente no Comitê de Bacia Hidrográfica e é uma experiência grande por termos uma oportunidade de trocar informações, adquirir conhecimento com pessoas que atuam na área há muito mais tempo, tanto com projetos e ações que estão dando certo nas bacias dessas pessoas, como pelas agências públicas, os serviços do governo, as agências de águas. Claro que existem críticas a respeito porque é um espaço realmente elitizado, apesar de a inscrição ser gratuita, escolheram um lugar muito caro para vir, o que dificulta e faz uma segregação hídrica. E sem falar que quem representa o poder público e os usuários da água já recebem para fazer esse trabalho, mas a sociedade civil não. São voluntários, que não recebem e que possuem gastos, tanto de tempo, como de recursos financeiros, para poder participar e fazer algo em prol da sociedade.

Mariana Morim Ribeiro – conselheira do CBH-Santo Antônio

Participei da oficina de reúso do recurso hídrico. Como é minha primeira experiência no Encob achei a apresentação muito proveitosa. É um momento para trocar experiências com outros membros de comitês espalhados pelo país. Como eu trabalho com saneamento, dentro da prefeitura, é uma grande oportunidade de levar os conhecimentos adquiridos aqui para a nossa região. Ao ouvir os especialistas, foi possível ter essa visão mais atualizada do que está acontecendo e, principalmente, do que pode ser feito.

IMG_9396Professor Wilson Acácio – vice-presidente do CBH-Caratinga

O ENCOB sempre tem uma grande expectativa de discussão, é o parlamento das águas em escala nacional. Participei da oficina de planejamento de gestão de comitês de bacias. O palestrante deu boas dicas de como fazer uma gestão de comitê e isso é muito importante.

Silvia Faria – conselheira do CBH-Caratinga

Participei da oficina de gestão eficiente da água na irrigação e pagamentos por serviços ambientais. Eu percebi que trabalhar um diferencial na agricultura, com o curso que está sendo ministrado, será muito interessante para a produção de água, uma vez que a nossa região do vale do aço enfrenta uma escassez hídrica muito severa. Percebemos, então, que é preciso trabalhar diretamente com os municípios em ações que aumentem a vazão da água nos rios.

Anderson Siqueira – conselheiro do CBH-Caratinga

As oficinas foram bastante proveitosas. Percebo que esse tipo de atividade é uma forma de ampliar os conhecimentos relacionados ao meio ambiente, bandeira que nós defendemos como conselheiros do CBH-Caratinga. Queremos que o tema “Recurso Hídrico” esteja sempre em pauta. Sem dúvida o ENCOB é um ambiente em que geramos resultados, é onde podemos discutir o que melhorar dentro do próprio CBH, além de ampliar os conhecimentos e trocar experiências com outros comitês.

IMG_9613Jonnyr Gonçalves Moreira – secretário executivo do CBH-Guandu

Na questão do pagamento por serviço ambiental, que é algo que já acontece no Espírito Santo. O palestrante usou como exemplo o projeto Cultivar, em que o comitê é parceiro junto com o Consórcio do Rio Guandu e a ANA. Esse projeto foi selecionado em 5º lugar no último edital do projeto produtores de água e já terá início nos quatro municípios da bacia. Hoje, o CBH-Guandu é referência no Estado por meio do programa Reflorestar, em que temos o maior número de produtores participantes. Participar dessa oficina só reforça o que já é feito e para termos uma nova perspectiva do que a gente pode melhorar e sugerir para o aprimoramento de todo o processo que está acontecendo lá na nossa bacia, e isso é muito importante.

Luís Alberto Zavarize – conselheiro do CBH-Guandu

Essa é a quarta vez que participo do encontro, por indicação do meu comitê, e quero aproveitar o que aprendi aqui em prol do aperfeiçoamento da gestão das águas no território do CBH-Guandu. Entre as atividades programadas, escolhi participar de oficinas como a de educação ambiental e a de Pagamento por Serviços Ambientais, que são temas de interesse do CBH. Um dos motivos que me faz ser cada vez mais ativo no CBH é pensar que os comitês estão ganhando forças. É como foi apresentado aqui no ENCOB: o Espírito Santo possui 14 comitês e todos estão presentes no evento. O fato de estarmos presente e participando, faz com que a imagem de nossos comitês seja fortalecida e com que sejamos reconhecidos dentro da nossa área, da sociedade, assim como na esfera pública.

Eduardo Ferreira – conselheiro do CBH-Guandu

Participei da oficina de reuso da água, que é um tema importante. Cada vez mais, a gente precisa buscar formas de reutilizar esse recurso, agregando valor a ele antes de usar.  É um tema complicado porque trata de um novo uso da água. Existem vários preconceitos sobre a questão. Temos uma cultura no Brasil de que a água já utilizada  tem que ir embora para o Rio e temos que pegar uma nova. Porém, pela dinâmica da política mundial, será necessário reutilizar.

IMG_9526Dhara Pagel – presidente do CBH-Santa Joana

Essa é a minha primeira participação no encontro e foi importante entender a situação do SNGRH no Brasil. Entre outras atividades, escolhi participar da Oficina de Comunicação, que é uma ferramenta importante dentro dos Comitês de Bacia, principalmente na relação com a comunidade que, muitas vezes até se empenha na recuperação dos cursos d’água, mas desconhece a melhor forma. Também foi um momento importante de troca de experiência e de conhecer, na prática, como as ações são planejadas e executadas. Terei muito o que dividir com os membros do CBH-Santa Joana.

André Barcelos – secretário executivo do CBH-Santa Maria do Doce

Eu escolhi a oficina de gestão “Pro-Comitê” porque entendo que ela é a base para todos os comitês, que é a de referência de planejamento e capacitação para os conselheiros de CBHs e sua gestão. Todos os conselheiros precisam fazer esse tipo de curso para que haja um nivelamento técnico dentro dos CBHs.

IMG_9337Antônio Ferreira – conselheiro do CBH-Santa Maria do Doce

Este é o primeiro ENCOB que participo e acompanhei a oficina de reuso de água. O tema é bem novo dentro dos comitês, mas já vem sendo bastante trabalhado na área industrial, na área de uso do esgotamento sanitário, para utilizar na agricultura etc. É legal participar, ver o que está sendo discutido, é um técnico da ANA quem fez a abordagem, então é interessante até mesmo para você se atualizar um pouco a respeito do assunto.

O meu objetivo de vir ao encontro é justamente conhecer a experiência de outros comitês que já lidam com a escassez hídrica há bastante tempo. Se formos trabalhar isso dentro da questão cronológica no Estado do Espírito Santo é uma situação é nova.

Marcos Antônio de Lima – secretário executivo do CBH-Barra Seca e conselheiro do CBH-Pontões e Lagoas do Rio Doce

Este é o segundo ENCOB que participo e, no primeiro dia do evento, acompanhei um curso do projeto Eco Cuencas, que é patrocinado pela União Europeia, e uma das informações que me chamou a atenção foi o fato de que na França, entre 1960 e 1970, foram feitas muitas barragens. Hoje, eles estão se desfazendo de praticamente todas as barragens, já que chegaram à conclusão de que esse instrumento só atende a uma demanda. É interessante conhecer uma outra visão sobre uma alternativa tão utilizada no Brasil. A barragem não disciplina. Então, se você tem uma demanda, constrói-se uma barragem. O controle de perda das empresas de saneamento, como fica? Práticas agrícolas que consumam menos água, onde ficam? O reuso da água nas indústrias, onde fica? Simplesmente se faz a barragem para atender a uma demanda e quero dividir essa reflexão com meus colegas do CBH.

Carlos Alberto Sangália – conselheiro do CBH-Barra Seca e Foz do Rio Doce

Os encontros nacionais são momentos de troca e reflexões, em que todos os comitês colocam suas angústias, experiências positivas e compartilham suas propostas para o fortalecimento da Política Nacional de Recursos Hídricos. Na edição de 2017, pude perceber uma articulação maior dos CBHs e a união de esforços para a construção de soluções de forma mais coletiva. Através da programação, foi possível entender e avaliar o processo de gestão de recursos hídricos no país, de forma ampla.

Selso Brioschi – conselheiro do CBH-Barra Seca e Foz do Rio Doce

Como primeira vez participando do ENCOB, acho que tivemos muita coisa boa. Os debates foram interessantes, pude participar de algumas oficinas – entre elas, uma em que a Agência Nacional de Águas (ANA) mostrou a forma como podemos recuperar nascentes. As discussões foram enriquecedoras e percebi que todo mundo tem suas dificuldades, de acordo com as peculiaridades regionais de cada uma das áreas de atuação dos CBHs do Brasil. Falamos também sobre a Lei das Águas, que completou 20 anos e vi que muita coisa prevista já foi feita, mas ainda há muito o que fazer. Foi interessante perceber que, apesar de nossas dificuldades, estamos avançados em relação a muitas regiões. Enquanto umas pessoas ficam reclamando, a gente vai lá e pega para fazer. Por exemplo: participei de uma discussão sobre conflito de uso da água. Como a gente faz com conflito? Vai lá, faz um Acordo de Cooperação Comunitária e coloca todo mundo para dialogar.

 

 

 

 

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