CBHs Doce e Santa Maria participaram da cerimônia de entrega de adutoras alternativas em Colatina/ES

15/11

Adutoras fazem parte do plano de ações emergenciais da Fundação Renova

O presidente do CBH-Doce, Leonardo Deptulski, e o presidente do CBH-Santa Maria do Doce, Antônio Demoner, participaram, no dia 10 de novembro, da cerimônia de entrega da nova estrutura de captação alternativa de água para o abastecimento de Colatina/ES. Duas adutoras estão sendo instaladas no município, uma com captação no Rio Santa Maria do Doce, que abastecerá a região sul, e outra, ainda em construção, com captação no Rio Pancas, para a parte norte da cidade.  “As novas adutoras fazem parte do plano de ações emergenciais para o período de chuva, realizado pela Fundação Renova. O plano é composto por medidas preventivas e contingenciais que vêm sendo implantadas para minimizar impactos à sociedade, ao meio ambiente e à atividade econômica nas localidades afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão”, explicou o diretor presidente da fundação, Roberto S. Waack.

Obra emergencial

A adutora sul, recebeu um investimento de R$ 3,5 milhões feito pela fundação e terá capacidade para captar até 80 litros por segundo com um volume equivalente a 50% do consumo. Já a adutora norte, que vai captar no Rio Pancas, tem a entrega prevista para final de novembro, permitindo o transporte de água, e passará a operar definitivamente em janeiro de 2017. “As adutoras serão acionadas no período de chuva, em que há variação de turbidez no Rio Doce, principal manancial hídrico da cidade.  Porém, de acordo com a necessidade, as adutoras poderão ser acionadas pelo Serviço Colatinense de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental (Sanear) ”, explicou Sérgio Mileipe, gerente de projetos da Fundação Renova no Espirito Santo, dando destaque à primeira obra entregue pela fundação no estado.

A Fundação também fará a entrega de um novo sistema de captação alternativa para o município de Linhares/ES, que pertence à Bacia do Rio Barra Seca e Foz do Rio Doce. “A nova adutora instalada em Lagoa Nova tem 9 nove quilômetros de extensão, capacidade para captar200 litros por segundo, com volume equivalente a 50% do consumo do município, reduzindo a dependência de abastecimento no Rio Pequeno”, comentou Milaipe.

Para Roberto Waack, diretor-presidente da Fundação Renova, essas ações representam os primeiros passos, em relação ao conjunto de atividades e planos para recuperação da bacia. “Essas ações, são meios de captação e tratamento de água para nosso município, contribuindo para aumentar o volume de água disponível”, afirma Waack.

Fundação Renova

A Fundação Renova, instituição de direito privado e sem fins lucrativos, assume a implementação e a gestão dos programas socioambientais e socioeconômicos criados para reparar, restaurar e reconstruir as regiões e as comunidades impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão.

Constituída em 30 de junho de 2016, a Fundação iniciou suas operações em 2 de agosto e é fruto da assinatura do Termo de Transação de Ajustamento de Conduta (TTAC) entre Samarco Mineração, com o apoio de suas acionistas, Vale e BHP Billiton, e Governo Federal, Governos Estaduais de Minas Gerais e Espírito Santo e outros órgãos governamentais, ocorrida em 2 de março. A entidade terá sede em Belo Horizonte e escritórios em Mariana (MG), Governador Valadares (MG) e Linhares (ES). Desde a sua criação, o presidente do CBH-Doce, Leonardo Deptulski participa das reuniões e discussões do Comitê Interfederativo (CIF) e das ações promovidas pela Renova.  Saiba mais sobre a fundação no site: http://www.fundacaorenova.org/

Papel do CBH

De acordo com o presidente do CBH-Doce, Leonardo Deptulski, os comitês de bacias fazem parte da fiscalização das ações de recuperação da Bacia através da Fundação Renova. “Hoje o CBH-Doce tem assento no Comitê Interfederativo (CIF), o que nos ajuda a cumprir o papel de fiscalizadores das ações. Somos a maior instancia do governo para cobrar essas ações”, comenta Deptulski.

Essas adutoras são as primeiras ações realizadas pelo Fundação Renova no Estado do Espírito Santo. “Quando se fala em contingenciar, é preciso trabalhar com cenários difíceis, em que são encontrados os problemas mais adversos. Nós, dos municípios, Defesa Civil, MP e Comitês de Bacia, trabalhamos com essas obras contingenciais, focadas em situações extremas” finalizou Deptulski.

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