Principal ação ambiental realizada por CBHs do Rio Doce, o Rio Vivo engloba diversas iniciativas que visam aumentar a disponibilidade hídrica, promover o saneamento rural e reduzir a geração de sedimentos em estradas rurais. O programa já está em andamento nas áreas de atuação dos CBHs Piranga, Piracicaba, Santo Antônio e Suaçuí, mas a meta é estendê-lo a toda a Bacia do Rio Doce, com previsão de investimentos de cerca de R$ 100 milhões, até 2020.
A iniciativa reúne três ações realizadas pelos Comitês da Bacia do Rio Doce: Programa de Controle das Atividades Geradoras de Sedimentos (P12), Programa de Saneamento Básico (P42) e Programa de Recomposição de APPs e Nascentes (P52). A primeira etapa contempla o diagnóstico das propriedades rurais e os projetos das intervenções ambientais. Posteriormente, com base nas informações coletadas, serão implantados projetos de recuperação de nascentes – por meio do cercamento e revegetação – e de remediação de áreas degradadas geradoras de sedimentos, com foco em barraginhas, além de sistemas de tratamento de esgoto – na região contemplada com recursos do CBH-Piracicaba, especificamente, também serão construídos sistemas de tratamento de água.
Alto Rio Doce: mobilização e adesão de produtores rurais
Nas Bacias dos Rios Piranga, Piracicaba e Santo Antônio, o mês de fevereiro foi marcado pela mobilização e adesão dos produtores selecionados. As empresas Consominas e Funec, que venceram os processos de licitação coordenados pelo IBIO (agência de água do Rio Doce), são as responsáveis pelo contato e assinatura dos termos de adesão pelos interessados. Com a autorização dos produtores, os técnicos mapearão as áreas a fim de elaborar um diagnóstico ambiental do imóvel rural e inseri-lo no Cadastro Ambiental Rural (CAR) – caso daqueles que não estiverem em dia com o registro. O diagnóstico guiará as ações da segunda etapa, em que as intervenções ambientais serão efetivamente executadas.
Médio Rio Doce: metodologia e priorização de áreas
Já na Bacia do Rio Suaçuí, a empresa Samenco acompanhou, em fevereiro, junto às Unidades Gestoras de Projetos (UGPs) dos municípios contemplados, a validação das microbacias que serão priorizadas, além das discussões sobre a metodologia de implantação do Rio Vivo. A próxima etapa será destinada ao cadastramento dos produtores interessados.
Critérios de priorização e cidades contempladas
Os imóveis rurais foram escolhidos de acordo com a localização na bacia. Foram priorizadas as microbacias de captação de água, para que as ações implantadas tragam resultados positivos para toda a população, evitando-se, entre outros problemas, prejuízos no abastecimento em períodos de seca.
Na Bacia Hidrográfica do Rio Piranga, serão contempladas propriedades rurais nas cidades de Ressaquinha, Desterro do Melo, Barra Longa, Ponte Nova, Oratórios, Amparo do Serra, Piranga, Viçosa, Guaraciaba, Presidente Bernardes, Paula Cândido, Cajuri e em parte do município de Mariana, totalizando 1.560 imóveis rurais participantes.
Na Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba, participarão das intervenções cerca de 3 mil imóveis rurais dos municípios de Catas Altas, Santa Bárbara, Barão de Cocais, Bom Jesus do Amparo, São Gonçalo do Rio Abaixo, Rio Piracicaba, João Monlevade, São Domingos do Prata, Bela Vista de Minas, Nova Era, Itabira, Alvinópolis, Antônio Dias, Jaguaraçu, Marliéria, Timóteo, Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e em parte do município de Mariana.
Por fim, no território da Bacia do Rio Santo Antônio, serão contemplados proprietários dos municípios de Serro, Alvorada de Minas, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Morro do Pilar, Senhora do Porto, Itambé do Mato Dentro, Passabém, Carmésia, Dores de Guanhães, Ferros, Santo Antônio do Rio Abaixo e São Sebastião do Rio Preto, em um total de 1.300 propriedades participantes.
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