Iniciativa foi custeada pelo CBH-Manhuaçu por meio de recursos arrecadados com a cobrança pelo uso da água
Em audiência pública realizada no dia 9 de julho, na Câmara Municipal, foi aprovado por unanimidade o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) de Manhuaçu. O PMSB é uma exigência da lei federal 11.445/2007 para que os municípios tenham acesso aos recursos previstos no orçamento para a universalização do serviço no país.
O documento fixa diretrizes que irão pautar as ações ligadas ao saneamento em seu quatro eixos principais: abastecimento de água potável; esgotamento sanitário; limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; e drenagem. Manhuaçu teve o seu plano custeado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Manhuaçu (CBH-Manhuaçu), que, por meio do Programa de Universalização do Saneamento (P41), destinou recursos oriundos da cobrança pelo uso da água à iniciativa.
Para a presidente do CBH-Manhuaçu, Isaura Paixão, a ampla participação social durante todas as etapas de elaboração conferiu a legitimidade necessária para que o PMSB seja implantado no município. “É uma alegria enorme saber que as comunidades estão preocupadas com o saneamento básico. Isso foi fundamental para a construção do plano”, destacou. Senisi Rocha, vice-presidente do Comitê, lembrou que a cidade carecia deste planejamento estratégico e que, daqui para frente, os ganhos serão inúmeros. , “Hoje, Manhuaçu está preparada para projetar o futuro e, nos próximos 20 anos, os gestores do saneamento terão o desafio de implementar este plano”, disse.
De acordo com o prefeito Nailton Heringer, o PMSB fomenta uma nova visão de gestão, tendo em vista “toda a mobilização social que possibilitou chegar a um resultado real”. “Hoje, graças à parceria com o CBH-Manhuaçu, entregamos à comunidade um plano que traduz os anseios da população em ações técnicas,” pontuou.
O documento contém um diagnóstico e os prognósticos para o município em relação ao saneamento básico. A partir das informações coletadas no trabalho de campo, ações emergenciais e de curto, médio e longo prazo foram traçadas. De acordo com o consultor da Vallenge Engenharia, Roberto Rúbio, a iniciativa demandou 18 meses de trabalho e, a partir de sua elaboração, a cidade já pode se projetar para o futuro.
Após a apresentação, um espaço foi aberto à comunidade para coletar sugestões e esclarecer dúvidas.
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