Atividades da Fundação Renova são apresentadas em plenária do CBH-Doce

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Reunião realizada me Governador Valadares também serviu para abordar atuação da CTGEC

Foi realizada no dia 14 de outubro, em Governador Valadares, a 31º reunião extraordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce).  Abrindo as discussões do colegiado, o presidente do CBH, Leonardo Deptulski, lembrou os desafios enfrentados pelos membros do comitê desde o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana/MG, que afetou toda a bacia e Rio Doce, ao mesmo tempo em que foi registrada a pior seca da região dos últimos anos. “Antes mesmo do rompimento da barragem já vivíamos uma situação crítica. Depois do acidente nossas responsabilidades e desafios aumentaram e, agora, temos a possibilidade de maiores investimentos em programas para recuperação do nosso manancial”, comentou Deptulski.

Além dos membros, também participaram da reunião a atual prefeita de Governador Valadares/MG, Elisa Costa; o prefeito de João Neiva/ES, Romero Gobbo Figueiredo; a diretora do Instituto Terra, Isabella Salton, entre outros convidados.

Fundação Renova

A Fundação Renova, instituição de direito privado e sem fins lucrativos, assume a implementação e a gestão dos programas socioambientais e socioeconômicos criados para reparar, restaurar e reconstruir as regiões e as comunidades impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão.

Constituída em 30 de junho de 2016, a Fundação iniciou suas operações em 2 de agosto e é fruto da assinatura do Termo de Transação de Ajustamento de Conduta (TTAC) entre Samarco Mineração, com o apoio de suas acionistas, Vale e BHP Billiton, e Governo Federal, Governos Estaduais de Minas Gerais e Espírito Santo e outros órgãos governamentais, ocorrida em 2 de março. A entidade terá sede em Belo Horizonte e escritórios em Mariana (MG), Governador Valadares (MG) e Linhares (ES). Desde a sua criação, o presidente do CBH-Doce, Leonardo Deptulski participa das reuniões e discussões do Comitê Interfederativo (CIF) e da ações promovidas pela Renova.  Saiba mais sobre a fundação no site: http://www.fundacaorenova.org/

O secretário executivo, Edson Valgas apresentou ao colegiado as cinco vagas do CBH-Doce para compor o conselho consultivo da fundação. “A proposta da diretoria colegiada é que fiquem duas vagas para representantes do comitê federal, ou seja, o CBH-Doce e outras três para os comitês afluentes. Pensamos em representantes do alto, médio e baixo Rio Doce”, explicou Valgas. Alguns critérios para indicação do conselho foram levantados pelos membros e a metodologia foi aprovada pela plenária, destacando que a durabilidade do mandato do membro no conselho será coincidente com o mandato da diretoria e será obrigatório apresentar, mensalmente, relatórios das ações e discussões para plenária.

Realocação de recursos

O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, abalou todo o país e alterou o quadro de atividades do CBH, aumentando as despesas do colegiado. Por isso, também foi apresentada à plenária a sugestão de realocação de recursos com o objetivo de cumprir as atividades programadas pelo comitê para o ano de 2016, sobretudo para ações relacionadas ao desastre. “Essa transferência só será necessária porque o CBH-Doce esteve presente em todas as instâncias, já que enfrentamos um ano atípico.”, lembrou Edson Valgas. A realocação foi aprovada com o compromisso de apresentar mensalmente um relatório com todos os gastos do comitê.

Comunicação

Durante encontro, foram apresentados os encaminhamentos da última reunião da Câmara Técnica de Capacitação, Informação e Mobilização Social (CTCI). Foi apresentada ao colegiado a sugestão para o novo layout do site do CBH-Doce. “Depois de avaliarmos junto aos usuários dos sites, fizemos adequações no layout e chegamos a este formato, mais clean e atrativo, para dar maior visibilidade às notícias e deixar a central de documentação mais fácil de acessar”, explicou Juliana Vilela, analista do IBIO-AGB Doce, representando o presidente da CTCI. A previsão é que o novo site esteja no ar em janeiro de 2017.

O presidente do CBH-Manhuaçu, e segundo vice-presidente do CBH-Doce, Senisi Rocha, pediu apoio dos membros na disseminação das noticias e ações repassadas pela comunicação do comitê. “Precisamos contar com o apoio das câmaras de vereadores e das prefeituras. Nosso objetivo principal é ampliar as discussões e fazer chegar aos municípios nossas ações”, comenta Senisi.

Preocupado com a linguagem da comunicação, Iusifith Chafith, conselheiro do comitê lembrou a importância das rádios comunitárias e educativas de interior. “Temos canais que estão dispostos a nos ajudar na divulgação dessas informações. Precisamos saber chegar a essas pessoas e com uma linguagem acessível”, frizou.

Ações CTGEC

“A Câmara Técnica não aprova, ela é um espaço para discutir e encaminhar assuntos relacionados aos eventos críticos enfrentados pela bacia. Quem aprova é o comitê, ” destacou Lucinha Teixeira, presidente da Câmara Técnica de Gestão de Eventos Críticos (CTGEC). Atualmente, uma das preocupações da CT está relacionada ao monitoramento da estiagem da Bacia do Rio Doce. “Vamos solicitar à Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH) e o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), a ampliação do monitoramento da qualidade da água nos afluentes do Rio Doce, com instalações de estações telemétricas, nas bacias que não possuem este monitoramento”, explicou Lucinha.

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