Mais de 2 milhões de habitantes do estado sofrem com a falta de chuvas
Não é nenhuma novidade que o mundo atravessa um período de drásticas mudanças climáticas que afetam as estações, o clima, a disponibilidade de recursos, resultando em manifestações frequentes de desastres naturais. A natureza dá sinais da perda do equilíbrio ambiental, com enchentes extremas e, logo em seguida, períodos de seca intermináveis, por exemplo. A ação do homem tem provocado mudanças até no ciclo natural das águas e chuvas, a seca se tornou um problema real na vida de mais de 2 milhões de mineiros, onde 135 municípios do estado já declararam emergência hídrica em virtude da estiagem. O dado representa 15% do Estado, segundo consta em boletim atualizado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec).
Os Comitês de Bacias Hidrográficas desempenham papel fundamental na gestão e proteção dos cursos d’água, mas é preciso um maior esforço da sociedade civil, dos usuários, dos produtores, indústria, agências reguladoras e governos, no sentido de ampliar a efetividade na luta pela proteção dos recursos hídricos. Não há ainda um decreto oficial de racionamento de água em Minas Gerais, mas parte da população precisou adotar medidas de economia diante da possibilidade da falta deste recurso essencial à vida.
A escassez de água no Estado de Minas e em diversos outros estados no país não é culpa só da falta de chuva. O desmatamento, a destruição de nascentes, a poluição das indústrias e das cidades, e o aumento significativo das queimadas são determinantes para o grave desequilíbrio hidrológico enfrentado. Todo o sistema natural de produção e recarga das águas está comprometido, dessa forma o resultado é a seca, uma estiagem prolongada que afeta a vida humana e da natureza. Em Belo horizonte, capital do estado, já não chove há 50 dias.
O trabalho dos Comitês de Bacias Hidrográficas para reduzir o desequilíbrio ambiental
Os Comitês de Bacias Hidrográficas do Rio Doce realizam importantes discussões sobre o tema da Educação Ambiental através dos trabalhos das Câmaras Técnicas. Além disso, desenvolvem projetos de proteção e recuperação de nascentes e monitoramento dos rios, buscando a melhor qualidade e quantidade das águas disponíveis para todos. A Educação ambiental é um processo educativo que promove a melhor interação das pessoas com o ambiente em que vivem. Nesse sentido, os comitês de bacias hidrográficas não só transmitem informações, mas estimulam reflexões, atitudes e princípios que direcionem para um comportamento sustentável na gestão e uso dos recursos naturais. O fortalecimento de iniciativas de proteção dos cursos d’água é essencial para superar a condição de desequilíbrio hidrológico apresentado atualmente no Estado de Minas e em todo o Brasil.
Veja a lista de cidades mineiras atingidas pela estiagem de acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec):
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