O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH Doce) participou do Seminário sobre Planos Integrados de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica (PIRHs), promovido pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) com apoio da Agência Peixe Vivo e da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O evento teve como objetivo promover discussões técnicas e compartilhar experiências sobre a construção e implementação de PIRHs em diferentes bacias hidrográficas do país.
A convite da ANA, o CBH Doce palestrou sobre a experiência na elaboração do seu Plano Integrado de Recursos Hídricos (PIRH-Doce), revisado e aprovado em 2023. A Entidade Delegatária e Equiparada às funções de Agência de Água da Bacia do Rio Doce (AGEDOCE) também foi convidada para palestrar no seminário.
A abertura do seminário foi feita pelo diretor interino e superintendente de Planos, Programas e Projetos da ANA, Nazareno Marques de Araújo, que destacou a importância da integração para a boa gestão dos recursos hídricos no País. “Precisamos promover uma cooperação que seja efetiva, entender o que cada um tem de melhor, o que cada um pode contribuir com o outro”, afirma.
De acordo com Nazareno, a participação de CBHs que já possuem um PIRH consolidado irá contribuir para o processo que se iniciará na elaboração do PIRH da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. “Todos esses avanços irão aperfeiçoar o planejamento integrado da Bacia do Rio São Francisco. Esse diálogo se faz necessário para que os planos possam ser implementados em todo o país”, disse.
O diretor geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Marcelo Fonseca, também participou do seminário e ressaltou a importância do e citou a Bacia do Rio Doce como exemplo. “É importante que todos os agentes estejam alinhados para ter um somatório de esforços para vencer os obstáculos para implementação do PIRH. Temos dois ótimos exemplos a serem seguidos, na Paraíba do Sul e na Bacia do Rio Doce. Foi um processo árduo, mas trouxe um importante resultado para a gestão dos recursos hídricos”, ressaltou.
Durante sua apresentação, o diretor do CBH Doce, Flamínio Guerra comentou sobre as fragilidades do território da Bacia do Rio Doce. “Começamos lá atrás, com a revisão e aprovação do PIRH e, agora, é hora arregaçar as mangas e trabalhar. Mais de 75% dos municípios da Bacia do Rio Doce têm menos de 20 mil habitantes, que necessitam de um olhar especial dos comitês, principalmente quando pensamos em saneamento básico e disponibilidade hídrica”, disse.
Alex Cardoso, assessor da Diretoria Executiva da Agedoce, apresentou todas as prioridades a serem desenvolvidas na bacia a partir do diagnóstico do PIRH. “Hoje, a bacia tem todos os instrumentos de gestão aprovados, o que facilita a garantia de um planejamento efetivamente integrado, e que proporcionará maior facilidade operacional na otimização dos recursos financeiros na bacia. Estamos na fase de implementação das ações prioritárias. Dentre elas: ações de integração dos comitês capixabas, educação ambiental e mobilização social”, explicou.
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