Membros do CBH-Doce debatem estiagem na bacia

20/08

Promovido pela Agência Nacional de Águas (ANA), encontro colocou em pauta questões como a situação da foz do Rio Doce e o monitoramento da seca

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 Por entender a importância de colocar em pauta questões relativas ao período de estiagem na Bacia do Rio Doce, considerada a mais rigorosa em mais de 80 anos de monitoramento, o presidente do CBH-Doce, Leonardo Deptulski, participou, na manhã da última terça-feira (18), de um encontro promovido pela Agência Nacional de Águas (ANA) na sede da Agência Estadual de Recursos Hídricos do Espírito Santo (AGERH), em Vitória. Ele esteve acompanhado da presidente da Câmara Técnica de Gestão de Eventos Críticos (CTGEC), Lucinha Teixeira, e do 2º vice-presidente do CBH-Doce, João Lages.

 O encontro avaliou, entre outros temas, o fechamento de uma das saídas da foz do Rio Doce, localizada em Regência, distrito de Linhares/ES. Segundo representantes do Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA), a expectativa é de que a areia que está obstruindo a foz seja dragada até o fim da semana pela prefeitura de Linhares, mas será necessário realizar um trabalho de manutenção, pois, do contrário, a saída sul voltará a ser obstruída. O procedimento será monitorado pelos órgãos gestores.

 Sobre o modelo de repasse de informações relativas à estiagem, a diretora de planejamento da ANA, Gisela Forattini, informou que será criada uma página na internet com dados sobre a seca para reunir o maior número de informações sobre a Bacia do Rio Doce e facilitar o acesso ao conteúdo – os órgãos gestores se responsabilizarão pelo repasse.

 O monitoramento da estiagem e o repasse de informações das estações da Rede Hidrometeorológica Nacional instaladas na bacia do rio Doce – mantidas sob a responsabilidade da ANA – para o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), em especial os dados dos postos de monitoramento fluviométrico, também foram temas tratados no encontro. Estas informações são utilizadas como referência para a definição do estado de vazão e de armazenamento, de acordo com os critérios previstos na deliberação normativa CERH-MG nº 49, de março de 2015.

 Ao final do encontro, ficou definido que uma reunião será agendada com a finalidade de promover o diálogo entre operadores do setor elétrico e do setor de saneamento. A expectativa é de que o encontro seja realizado no início de setembro, em Governador Valadares. Também será avaliada em conjunto com os CBHs da bacia do rio Doce a possibilidade de inserir no Plano de Aplicação Plurianual da Bacia do Rio Doce 2016-2020 programas destinados a custear ações emergenciais relativas à estiagem. Por fim, foi solicitado que, em reunião marcada para o dia 20 de agosto, na Casa Civil, para tratar da estiagem, a ANA informe sobre as deficiências que dificultam reservar a água tratada e a necessidade de adaptação da captação dos municípios da bacia do rio Doce.

 Também participaram do evento o diretor presidente da AGERH, Paulo Paim; a diretora geral do IGAM, Fátima Chagas; o diretor geral do IBIO-AGB Doce, Ricardo Valory, e o diretor presidente do IBIO Institucional, Eduardo Figueiredo, além de representantes da Cesan, Seama e IEMA.

 

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