No dia 13 de agosto, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Guandu completa 10 anos de existência, marcados por grandes conquistas e desafios. Com o apoio do Consórcio Rio Guandu, o Comitê celebra o sucesso do desenvolvimento de programas ambientais e mostra engajamento e pioneirismo na implantação do instrumento de cobrança pelo uso da água no Espírito Santo.
Nossa história
Criado a partir do Decreto Estadual nº 1901-R, de 13 de agosto de 2007, o CBH-Guandu foi fruto de intenso processo de mobilização. “O comitê já foi criado com muita força, em função do apoio do Consórcio Público do Rio Guandu. A plenária é composta por pessoas com compromisso ambiental, dispostas a contribuir e auxiliar no crescimento do CBH e, por isso, nos tornamos referência no Estado”, destacou a ex-presidente e conselheira do CBH, Ana Paula Alves Bissoli. Para Josiane Viola, que também presidiu o colegiado “o CBH-Guandu trouxe uma nova visão de preservação, envolvendo vários setores da sociedade, mostrando que cada um tem um importante papel a cumprir quando se trata de preservar e usar de forma racional os recursos hídricos”.
Com papel de articulador e mediador de conflitos, a atual presidente do CBH, Kamila Pessoti, destaca a importância do colegiado frente à crise hídrica, que assola todo o Espírito Santo e aumenta o desafio do CBH em assegurar os usos essenciais e múltiplos da água. Já Valdete Soares, ex-presidente e conselheira, um dos grandes avanços conquistados é o reconhecimento da comunidade, que se mostra cada vez mais interessada em conhecer o colegiado e o resultado de suas ações. Algo que não acontecia nos primeiros anos de atuação do CBH-Guandu segundo Marcelo Seibel, que relatou como principal dificuldade a conscientização e mobilização de produtores rurais, parceiros essenciais na recuperação dos cursos d’água.
Resultados já alcançados
Com irrigâmetros – aparelho que indica quando e quanto irrigar – já instalados em cerca de 40 propriedades, de forma gratuita, o CBH-Guandu comemora o sucesso do Programa de Incentivo ao Uso Racional da Água na Agricultura, que registrou índices de economia de água superior a 70%, além de economia de energia e melhoria na qualidade dos produtos cultivados.
Também foram investidos recursos na elaboração de Cadastros Ambientais Rurais (CARs), Projetos de Adequação Ambiental, além de entrega de insumos para recuperação de nascentes e recomposição de áreas de recarga de 200 propriedades rurais, por meio de uma parceria com o Programa Reflorestar, o IBIO e a TNC.
Com foco na melhoria do saneamento básico dos municípios da bacia, já que o lançamento de esgoto sem tratamento nos rios é um dos principais entraves à recuperação ambiental dos mananciais da Bacia do Rio Doce, também foi investido mais de R$ 100 mil na elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico da cidade de Brejetuba.
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